Múltiplos transportadores de carboidratos no intestino e na performance
Brunno Falcão
2 min
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14 de mar. de 2023
Múltiplos transportadores de carboidratos no intestino e na performance. Este assunto que refere-se ao trato gastrointestinal (TGI) , que tem função fundamental no que tange a performance esportiva, pois sem um sistema gastrointestinal(GI) que funcione bem, a entrega de nutrientes será prejudicada e uma variedade de sintomas GI podem se desenvolver. Um dado interessante é que 30-50% de todos os atletas experimentam esses problemas gastrointestinais de forma regular . As causas desses problemas podem ocorrer por conta de desidratação e condições climáticas quentes ou devido à ingestão excessiva de fibras, gorduras, proteínas e soluções altamente concentradas de carboidratos. Essas variáveis, além de ocasionar diversos problemas no intestino, podem prejudicar a performance. Com isso, visando uma melhora intestinal e no desempenho durante o exercício, foi pautada uma intervenção nutricional, a intervenção é baseada no uso de diferentes carboidratos durante uma prova. Table of Contents Toggle Os múltiplos transportadores de carboidrato Prática clínica Os múltiplos transportadores de carboidrato Um bom transporte de carboidratos feito por múltiplos transportadores de carboidratos, é vital para o fornecimento de energia durante o exercício. Algumas evidências mostraram que a entrega de carboidratos é limitada pela capacidade de transporte do SGLT1 ( Asken Jeukendrup 2011 , Asken Jeukendrup 2014 e Asken Jeukendrup 2013 ). O SGLT1 é a proteína responsável pelo transporte da glicose do lúmen intestinal para os enterócitos. Essa é vital para a absorção de glicose no intestino. Com taxas de ingestão acima de 60-70 g de carboidratos por hora (glicose, sacarose, maltose, maltodextrina, amido), a oxidação exógena de carboidratos atinge o pico em torno de 60 g/h, mesmo com a ingestão de 100 g/h não houve aumento das taxas de oxidação de carboidratos. Porém, quando a frutose foi combinada com grandes quantidades de glicose, as taxas de oxidação de carboidratos ultrapassaram os 60 g/h. A frutose é adicionada por conta da sua absorção intestinal diferir da glicose, a mesma utiliza um transportador denominado GLUT- 5. Sendo assim, o uso da frutose com a glicose tem objetivo de evitar a saturação do SGLT1, possibilitando uma melhor absorção de carboidratos e atenuando os problemas gastrointestinais. Prática clínica As diretrizes atuais recomendam uma ingestão de carboidratos de 60g/h para modalidades que durem até 2 horas. Caso a modalidade ultrapasse às 2 horas, essa ingestão pode chegar a 90 g/h . No contexto em que essa ingestão chega nos 90 gramas, é prudente haver a mistura das diferentes fontes de carboidratos, como por exemplo: frutose e glicose ou maltodextrina e frutose. Essa combinação possibilita uma otimização da absorção de carboidratos e atenuaria os distúrbios gastrointestinais, melhorando o desempenho dos atletas. Sugestão de leitura: Peculiaridades dos carboidratos no endurance Artigo: JEUKENDRUP, Asker E.. Training the Gut for Athletes. Sports Medicine, [S.L.], v. 47, n. 1, p. 101-110, mar. 2017. Http://dx.doi.org/10.1007/s40279-017-0690-6 . Classifique esse post #trainthegut #microbiota #endurance #periodizaçãonutricional #intestino #glicose #carboidratos #trainingthegut #performance #glicemia #performanceesportiva