Como a nutrição pode intervir na fadiga do seu paciente?
Brunno Falcão
2 min
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6 de jun. de 2023
Os sintomas como cansaço excessivo, baixa resistência muscular, esgotamento mental e falta de energia, são características de fadiga. Quando persistente, ou seja, mesmo após períodos de descanso, tende a interferir na qualidade de vida e merece cuidado especial na hora da prescrição nutricional. Elaboramos aqui, um compilado de como a nutrição pode melhorar a fadiga. Leia a seguir. Table of Contents Toggle Fadiga vs. Qualidade de Vida Principais Sintomas Nutrição vs. Fadiga Prática Clínica Referências Bibliográficas Fadiga vs. Qualidade de Vida Primeiramente, queixas como exaustão mental, dificuldade de realização de tarefas diárias e sensação de cansaço constante, são frequentes no ambiente do consultório de um nutricionista. Nesse sentido, tais relatos, são característicos de condições clínicas que desencadeiam a fadiga como por exemplo, a fibromialgia, as doenças neurodegenerativas e também a síndrome da fadiga crônica (SFC). Além disso, apesar de sua classificação não ser exata, a fadiga é a causa secundária de inúmeras condições que interferem na saúde do paciente. Desse modo, algumas estratégias devem ser adotadas, a fim de identificar os sintomas iniciais de fadiga e progredir com as melhores terapias nutricionais. Principais Sintomas Como principal característica da SFC a incapacidade de recuperação plena após alguns esforços pelo período inicial de seis meses podendo se estender a anos, caso não haja o diagnóstico e o tratamento correto. Ademais, a fadiga reverbera na saúde do sono, no comportamento, na sensibilidade e na dor. Assim, o manejo deve ser integrativo e dinâmico a fim melhorar a capacidade de recuperação metabólica e restauração energética do paciente. Nutrição vs. Fadiga De certo, a nutrição tem papel fundamental na melhora da fadiga crônica por melhorar a função imunológica endócrina e cognitiva. Dessa forma, as vias metabólicas básicas de produção de energia devem ser otimizadas, através das estratégias nutricionais. Assim, oferecer os micronutrientes principais como vitamina C, D e as do complexo B, deve ser a primeira estratégia a ser empregada. Além disso, o suporte nutricional por meio da suplementação do zinco e da coQ10, demonstram melhorar os sintomas mais severos de fadiga promovendo um estado de mais energia e disposição. Assim, por meio da nutrição a saúde do indivíduo pode ser restaurada e potencializada, reduzindo os sintomas do quadro. Prática Clínica Portanto, melhorar o estresse oxidativo, bem como a disfunção mitocondrial, potencializando as defesas antioxidantes do paciente, por meio da oferta de nutrientes chaves, é o seu papel dentro do consultório. Logo, elencamos aqui de maneira prática os principais nutrientes e as dosagens recomendadas para o suporte na síndrome da fadiga crônica. Desse modo, a suplementação de vitamina D3 (40 UI), associada às doses iniciais tiamina 400 mg, podendo ser estendida até 1800 mg/d conforme necessidade, pelo período de 4 semanas, demonstra melhora nas funções cognitivas e na disposição. Associado a isso, vitamina C (500 mg), CoQ10 (200 mg), NADH (20mg), L carnitina (50 mg) BCAAs (2500 mg), sulfato de zinco (220 mg) podem ser estratégias auxiliares no combate a fadiga. Referências Bibliográficas Leia mais sobre o tema: O uso da glutamina como um aminoácido anti-fadiga Artigo: Nutrient Therapy for the Improvement of Fatigue Symptoms Barnish M, Sheikh M, Scholey A. Nutrient Therapy for the Improvement of Fatigue Symptoms. Nutrients. 2023; 15(9):2154. https://doi.org/10.3390/nu15092154 Classifique esse post #fadiga