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Estratégias para prevenção de síndrome metabólica e diabetes mellitus tipo 2

Brunno Falcão

2 min

7 de ago. de 2023

A síndrome metabólica (SM) é uma condição caracterizada por resistência à insulina, pressão arterial elevada e anormalidades lipídicas, como hipertrigliceridemia, além da diminuição do HDL-colesterol, majoritariamente. Tais  alterações metabólicas e inflamatórias, podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo (DM2). A diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) é uma doença metabólica  caracterizada por uma hiperglicemia crônica (níveis elevados de glicose no sangue) e alteração no metabolismo da glicose, devido à redução e resistência à insulina e deterioração de células beta pancreáticas. Fatores hereditários, ambientais e de idade são determinantes para seu desenvolvimento.  Evidências demonstram que o risco de desenvolver DM2 associado a SM é cinco vezes maior e se isso for somado a um quadro de obesidade, o risco torna-se ainda mais alto. Table of Contents Toggle Hábitos que contribuem para síndrome metabólica e suas consequências  Mas quais as mudanças que podem ser feitas na síndrome metabólica?  Prática Clínica Referências Bibliográficas  Hábitos que contribuem para síndrome metabólica e suas consequências  Os hábitos que podem  contribuir  para o desenvolvimento de SM e DM2 são caracterizados como fatores ambientais, são eles: sedentarismo, alta ingestão calórica por bebidas açucaradas e alimentos ricos em gordura saturada, diminuição da ingestão de fibras, alto consumo de álcool e tabagismo. Todos estes hábitos podem levar a um quadro  de resistência insulínica, hiperglicemia, pressão arterial elevada, diminuição de HDL-colesterol e hipertrigliceridemia.  As consequências do desenvolvimento de SM , a partir de um estilo de vida composto por estes hábitos é o aparecimento de esteatose, doença hepática, síndrome da apnéia do sono, doença renal crônica, síndrome dos ovários policísticos, infertilidade masculina, doenças cardiovasculares, DM2, entre outras condições.  Mas quais as mudanças que podem ser feitas na síndrome metabólica?  Uma dieta pobre em gorduras saturadas, gorduras trans e colesterol, colocando o azeite a principal fonte de gordura da dieta,  diminuir o consumo de açúcares simples, aumentar o consumo de peixes, principalmente os mais ricos em ômega 3 (por exemplo: salmão), aumentar o consumo de frutas, verduras e grãos integrais e praticar exercícios físicos de média/alta intensidade regularmente, são condutas que atuam em prol da prevenção.  A base alimentar que provém da  dieta mediterrânea se mostrou benéfica para prevenção e tratamento de SM e DM2, pois pode atuar aumentando os níveis de colesterol HDL, reduzindo os valores da pressão arterial, melhorando a função endotelial, resistência à insulina e síndrome metabólica , reduzindo a tendência ao desenvolvimento de DM2, diminuindo o risco pró-trombótico e pró inflamatório e favorecendo a capacidade antioxidante.  Prática Clínica O profissional responsável deve orientar a mudança dos hábitos alimentares e incentivar a prática de exercícios físicos de intensidade moderada regularmente  e acompanhar seu paciente durante todo o processo, monitorando sua melhora além de  oferecer apoio e orientação que são essenciais, principalmente num processo que envolve tantas mudanças comportamentais. Apesar da dieta mediterrânea se mostrar eficiente no tratamento e prevenção de SM e DM2, deve ser levado em conta a idade, sexo, estado metabólico, situação econômica e alimentos típicos e disponíveis no local de origem do indivíduo específico. Referências Bibliográficas  Sugestão de Leitura: Atividade do chá verde na síndrome metabólica M HERNÁNDEZ RUIZ DE EGUILAZ, M. et al. Alimentary and lifestyle changes as a strategy in the prevention of metabolic syndrome and diabetes mellitus type 2: milestones and perspectives. Anales del sistema sanitario de Navarra, v. 39, n. 2, p. 269–289, 2016. DOI: 10.23938/ASSN.0267 Classifique esse post #síndromemetabólica