Alergia ao Níquel e a Dermatite de Contato
Brunno Falcão
3 min
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22 de jul. de 2023
A alergia ao níquel é uma das causas mais frequentes de dermatite de contato em todo o mundo e tem sido extensivamente estudada. O níquel é amplamente utilizado em uma grande variedade de produtos devido à sua alta resistência à oxidação e corrosão, alto ponto de fusão, ferromagnetismo e baixo custo. O contato do níquel com a pele é difícil de evitar na vida cotidiana, no entanto pode ser um gatilho para pacientes com dermatite. Table of Contents Toggle Dermatite Alérgica ao Níquel Dessensibilização ao Níquel Prática Clínica Referências Bibliográficas Dermatite Alérgica ao Níquel Na Europa, a implementação de regulamentações relacionadas ao níquel resultou em uma diminuição na prevalência da alergia ao níquel, bem como uma mudança na expressão clínica e na gravidade da doença. No entanto, mesmo com essas medidas, os quadros alérgicos ainda afeta aproximadamente 8-19% dos adultos e 8-10% das crianças e adolescentes na população geral europeia, com uma forte predominância feminina. I tens de uso comum, como joias e peças de metal em roupas, continuam sendo as principais causas de alergia e dermatite, embora uma ampla gama de itens para uso privado e ocupacional também possam desencadear dermatite de contato. A dermatite alérgica ao níquel pode se manifestar localmente no local de exposição ao metal ou se espalhar pelo corpo, podendo também se apresentar como eczema nas mãos. Felizmente, existem métodos eficientes para quantificar a exposição ao níquel, e novas descobertas sobre os fatores de risco associados e os mecanismos imunológicos subjacentes à doença foram alcançadas. No entanto, ainda há perguntas sem respostas relacionadas à patogênese, à persistente alta prevalência da alergia e ao tratamento de casos graves. Dessensibilização ao Níquel Em relação ao tratamento, a dessensibilização ao níquel tem mostrado resultados interessantes com o desenvolvimento de tolerância parcial após a ingestão diária do metal por semanas ou meses. Além disso, uma dieta com baixo teor de níquel pode melhorar os sintomas em um subconjunto de indivíduos alérgicos ao metal. É importante ressaltar que essa abordagem deve ser cuidadosamente considerada em cada caso, e se necessário, realizada de forma controlada, uma vez que o risco de desnutrição é considerável. A alergia e a dermatite de contato continuam sendo uma preocupação significativa em saúde pública, com uma prevalência considerável em várias faixas etárias. No entanto, as regulamentações e avanços no diagnóstico e tratamento têm contribuído para reduzir a incidência e melhorar a qualidade de vida dos afetados. É fundamental que as pessoas que apresentam sintomas alérgicos busquem um diagnóstico adequado com um profissional de saúde especializado, a fim de receber as orientações necessárias para prevenir e gerenciar essa condição de forma eficaz. Prática Clínica Um plano de tratamento individualizado é importante para o manejo do quadro. Ele pode incluir medidas preventivas, como evitar o contato com itens que contenham o elemento, bem como recomendações dietéticas, pensando em uma alimentação pobre em níquel. Para casos mais graves, a dessensibilização pode ser considerada como uma opção terapêutica. O tratamento visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes, minimizando o impacto da alergia ao níquel em sua rotina diária e proporcionando tratamentos efetivos para aliviar os sintomas cutâneos associados a essa condição. Referências Bibliográficas Sugestão de estudo: A nutrição ao tratamento da infecção por H.Pylori Assista o vídeo na Science Play com Marcelo de Carvalho: A importância da massa muscular e da regulação hormonal Artigo: Níquel e dermatite – Ahlström MG, Thyssen JP, Wennervaldt M, Menné T, Johansen JD. Nickel allergy and allergic contact dermatitis: A clinical review of immunology, epidemiology, exposure, and treatment. Contact Dermatitis. 2019;81(4):227-241. doi:10.1111/cod.13327 Classifique esse post #dermatite #dermatiteatopica #níquel