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Sarcopenia e Declínio Cognitivo em Idosos

Brunno Falcão

2 min

20 de abr. de 2023

O declínio da massa/força/função muscular, entitulado de sarcopenia, durante o envelhecimento contribui para a ocorrência de eventos negativos relacionados à saúde que afetam a qualidade de vida do indivíduo, como a perda de mobilidade, incapacidade, internações e mortalidade. Dessa forma, a prática de rotinas de exercícios físicos e a adesão a alguns padrões alimentares têm mostrado resultados promissores.  Table of Contents Toggle Quais intervenções são importantes na sarcopenia? Qual relação do declínio cognitivo com a sarcopenia? Estratégias Nutricionais Prática Clínica  Referências Bibliográficas  Quais intervenções são importantes na sarcopenia? A disfunção mitocondrial, inflamação, alterações metabólicas, declínios celular e sinalização intracelular alterada foram todos associados ao envelhecimento muscular. Por isso, a inatividade física, ingestão insuficiente de proteínas , multimorbidade e doenças crônico-degenerativas aumentam o risco de sarcopenia e fragilidade. Em particular, as modalidades de treinamento de resistência e força demonstraram melhorar com sucesso os parâmetros relacionados à fragilidade associada a sarcopenia.  E uma alta adesão à dieta mediterrânea tem sido associada à melhor desempenho físico e cognição em adultos mais velhos, bem como a redução do risco de declínio cognitivo em idosos não dementes.  Qual relação do declínio cognitivo com a sarcopenia? Há evidências indicando que a progressão da sarcopenia também pode contribuir para o declínio cognitivo e, talvez, demência, distúrbios neuropsiquiátricos e atrofia cerebral. Disfunção vascular, distúrbios metabólicos (por exemplo, resistência à insulina, colesterol alto no sangue) e inatividade física estão entre os principais fatores de risco para o declínio cognitivo.  Isso acontece pois a inatividade física está associada a uma síntese e produção anormal de miocinas, levando a déficit cognitivo e eventos neurodegenerativos, sugerindo um impacto direto da contração muscular na saúde do cérebro.  Portanto, o BDNF produzido no cérebro após a atividade física pode proteger do declínio cognitivo por meio de mecanismos de sinalização induzidos pela miocina.  Assim, a atividade física pode reduzir o risco de demência em 30-40% em idosos. Demonstrando ser bem-sucedida na prevenção de quedas. Estratégias Nutricionais A suplementação com antioxidantes, podem melhorar a saúde muscular e o desempenho físico. Uma suplementação combinada de vitamina D e vitamina E demonstrou ser muito eficaz na melhoria da massa muscular e força em idosos sarcopenicos. Além de ambas as vitaminas, de fato, possuírem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias e contrastam com o comprometimento cognitivo e a neurodegeneração na velhice. Além das vitaminas, foi relatado que a proteína dietética desempenha um papel vital na manutenção da homeostase muscular. Fontes de proteína de alta qualidade, como peixe, carne magra, laticínios sem gordura e produtos lácteos e soja, podem ser escolhas preferíveis para neutralizar a sarcopenia. Prática Clínica  O direcionamento do eixo músculo-cérebro pode impactar positivamente a qualidade de vida de adultos mais velhos e daqueles com doenças neurodegenerativas. Até hoje, apenas as intervenções no estilo de vida demonstraram sucesso no controle da sarcopenia em adultos mais velhos. As principais recomendações para os idosos é introduzir atividade física e alimentos ricos em antioxidantes, tipo vitamina D e E, como a dieta do mediterrâneo. Referências Bibliográficas  Sugestão de estudo: Por quê suplementar Whey Protein para idosos? – Science Play Assista o vídeo na Science Play com Pedro Perim : Nutrição Esportiva na Terceira Idade Artigo: Arosio B, Calvani R, Ferri E, Coelho-Junior HJ, Carandina A, Campanelli F, Ghiglieri V, Marzetti E, Picca A. Sarcopenia and Cognitive Decline in Older Adults: Targeting the Muscle–Brain Axis. Nutrients. 2023; 15(8):1853. https://doi.org/10.3390/nu15081853 Classifique esse post #idosos #envelhecimento #sarcopenia #declíniocognitivo #cognição