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O Ômega 3 Melhora a Recuperação Muscular?

Brunno Falcão

2 min

15 de abr. de 2023

O treinamento de força promove dano muscular a fim de se obter hipertrofia. Dentro dos processos naturais de dano e de reconstrução, os meios de recuperação também devem estar alinhados, para que este não seja exacerbado. Assim, nutrientes como o ômega 3 podem ser utilizados como um auxílio na recuperação muscular após o exercício de resistência. Saiba mais. Table of Contents Mecanismos de Dano Celular  Ômega 3 e Proteção Contra Lesões  Prática Clínica Referências Bibliográficas Mecanismos de Dano Celular  Inicialmente, quando o exercício é realizado e o dano muscular ocorre, uma cascata metabólica de liberação enzimática é gerada. Nesse aspecto, as alterações no músculo esquelético se dão por meio da liberação de enzimas no sangue, início do processo inflamatório e consequente geração de dor. Ademais, já é identificado que esse ambiente de estresse oxidativo, quando bem controlado, exerce efeitos positivos por meio das respostas adaptativas ao treinamento. Porém, quando exacerbadas, o desempenho reduz, bem como a força muscular total.  Somado a isso, o alto estresse oxidativo leva a uma depleção de ferro, interferindo na sua homeostase, além de mitigar as defesas antioxidantes. Logo, citocinas, como a interleucina-6 (IL-6), interleucina-1b (IL-1b) e fator de necrose tumoral-a (TNF-α) desencadeiam as resposta pró-inflamatórias no fígado por até 72 horas após a realização de exercícios extenuantes, induzindo o aumento da proteína C reativa PCR e a inflamação.  Ômega 3 e Proteção Contra Lesões  Além disso, alguns distúrbios musculares podem ser gerados, a exemplo da atrofia, do estresse oxidativo desenfreado, o que facilita o acometimento de lesões. Assim, a administração de técnicas como a criolipólise e também de compostos anti inflamatórios como o ácidos graxos poliinsaturados como o ômega 3, podem apresentar papel adjuvante na prevenção e controle desses distúrbios musculares. Logo, dados apontam, que os ácidos graxos poliinsaturados como o eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA), promovem maior sensibilidade à insulina e ao uso da glicose. Além disso, podem reduzir os parâmetros inflamatórios causados pelo exercício, sem impedir que as adaptações fisiológicas ocorram. Apesar de não aumentarem o desempenho, os PUFAs também são responsáveis por melhorar a capacidade cardiorespiratória promovida pelo exercício aeróbio.    Prática Clínica Assim, o ômega 3 pode ser considerado como uma opção viável na prática clínica para os praticantes de musculação. Portanto, de maneira mais prática, a suplementação com ômega 3 pode ser feita, atentando-se ao conteúdo de PUFAs que deve ser altamente purificado. Além disso, as contrações de  2,1 g de  DHA + 240 mg EPA por um período de 10 semanas já apresenta melhora nos parâmetros de dano muscular e  na recuperação.  Continue Estudando... Sugestão de Estudo:   Ômega-3 em Idosos: Quando suplementar? Sugestão de Estudo:   Qual o papel do ômega-3 na microbiota intestinal? Sugestão de Estudo:   Ácidos Graxos Ômega-3 EPA e DHA: Benefícios para a saúde ao longo da vida Referências Bibliográficas Barquilha G, Dos Santos CMM, Caçula KG, Santos VC, Polotow TG, Vasconcellos CV, Gomes-Santos JAF, Rodrigues LE, Lambertucci RH, Serdan TDA, Levada-Pires AC, Hatanaka E, Cury-Boaventura MF, de Freitas PB, Pithon-Curi TC, Masi LN, Barros MP, Curi R, Gorjão R, Hirabara SM. A Suplementação com Óleo de Peixe Melhora o Efeito Repetido e o Equilíbrio Redox em Homens de 20 a 30 Anos Submetidos a Treinamento de Força. Nutrientes . 2023; 15(7):1708.