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Descubra se os Fitoterápicos podem Modular o Estresse Oxidativo

Brunno Falcão

4 min

30 de jun. de 2023

A definição de estresse oxidativo evoluiu com o passar dos anos, sendo caracterizada como o balanço das defesas oxidantes e antioxidantes do organismo. Nesse sentido, esse processo afeta as proteínas, o DNA, os lipídeos componentes das membranas celular, além da água intra e extracelular do corpo. Além disso, a química das biomoléculas e todo o estresse oxidativo (EO), ocorre na forma de transferência de elétrons por meio da oxidação e redução, com uma superprodução de radicais livres, decorrente da produção fisiológica de energia. Assim, modular o estresse oxidativo é um desafio na prática clínica do nutricionista, mas,  o uso dos fitoterápicos podem auxiliar nesse processo.  No mais, no contexto do EO, é fato que essas espécies reativas produzidas de forma desbalanceada, induzem a ocorrência de processos fisiopatológicos diversos e também são decorrentes da inflamação. Logo, os produtos gerados que são reativos ao oxigênio causam danos celulares que em estado de homeostase são contidos pelos sistemas antioxidante endógeno. Nesse contexto, esse sistema fisiológico é formado por enzimas como por exemplo a superóxido dismutase SOD, catalase e glutationa peroxidase. No mais, esse processo acomete principalmente as proteínas, mais especificamente aos aminoácidos, além da peroxidação lipídica, responsável pela produção de  malaldeído a partir da ação oxidativa dos ácidos graxos de membrana.   Table of Contents Doenças Relacionadas ao Estresse Oxidativo Como a fitoterapia minimiza os impactos do estresse oxidativo? Fitoterapia na Prática  Estresse Oxidativo vs. Antioxidantes Como a fitoterapia pode ser usada como recurso terapêutico em doenças relacionadas ao estresse oxidativo? Doenças Relacionadas ao Estresse Oxidativo Associado a isso, muitos problemas de saúde estão relacionados a produção descompensada de estresse oxidativo a exemplo do câncer, osteoporose, disfunções mitocondriais, doenças inflamatórias intestinais, fibrose cística, diabetes e a artrite reumatoide. No entanto, os marcadores de estresse oxidativo são muito mais utilizados para a pesquisa do que o propriamente dito na prática clínica e nos exames bioquímicos. Dessa forma, mesmo que a identidade seja complexa, a prevenção deve ser implementada no âmbito ambulatorial.  Como a Fitoterapia Minimiza os Impactos do Estresse Oxidativo? A fitoterapia é um importante recurso no tratamento dessas doenças mencionadas acima. E essa pode ser dividida em três: a popular, prática de forma empírica, também a fitoterapia tradicional, baseada no uso tradicional reconhecido, e por fim, a fitoterapia científica ocidental que é baseada precisamente nos ensaios clínicos randomizados que atentam a eficácia de fitoterápico escolhido.  Dessa forma, associar o uso dos fitoterápicos antioxidantes de maneira adequada na prática cona auxina a modelar o estresse oxidante e é uma forma de ajudar o paciente na prática clínica. Os metabólitos secundários são os nutrientes propriamente dito que irão desempenhar a ação  desejada no tratamento das descendentes moleculares a exemplo dos compostos fenólicos. Assim, os fenóis associados a anéis, os polifenóis são responsáveis por estabilizar a produção de espécies reativas de oxigênio  e nitrogênio, potencializando a capacidade antioxidante endógena e prevenindo as doenças, além de tratar as já existentes. Além da ação direta, os polifenóis têm ação no aumento do número de enzimas antioxidantes citadas acima. Fitoterapia na Prática  Os fitoterápicos podem ser definidos como produtos de origem vegetal que podem ser secos, em extratos, medicamentos fitoterápicos e os produtos tradicionais fitoterápicos. Abaixo estão os principais fitoterápicos relacionados à modulação do estresse oxidativo e aumento da indefesas antocidatene endógenas.  Resveratrol Curcumina  Piperina  Berberina Silimarina  Rhodiola rósea Panax ginseng Nesse sentido, tais compostos podem ser utilizados de maneira isolada ou combinada, com o intuito de melhorar os parâmetros dos níveis de colesterol, hemoglobina glicada, melhora desordens  como a hepatite gordurosa não alcoólica, resistência à insulina, diabetes, hipercolesterolemia, dor, inflamação, concentração e outras comorbidades que influenciam os riscos de eventos cardiovasculares. Portanto, os mecanismos de atuação dos fitoterápicos são inúmeros e atuam em diversas vias do metabolismo auxiliando a redução do estresse oxidativo quando administrado de forma consciente nas colagens adequadas. Assim, o uso racional e orientado dos fitoterápicos deve ser sempre a base no momento da prescrição.  Estresse Oxidativo vs. Antioxidantes Atualmente, muito se ouve sobre manter uma alimentação rica em compostos antioxidantes para uma boa saúde, e um dos motivos dessa recomendação é evitar o estresse oxidativo no organismo e suas consequências. O estresse oxidativo é o desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (radicais livres), que são prejudiciais quando estão em excesso, e a defesa antioxidante do organismo. Ele representa uma das principais causas de danos celulares e problemas de saúde, tais como osteoporose, doença ocular, doença renal crônica, doença inflamatória intestinal, doenças autoimunes, fibrose cística, infertilidade masculina, disfunções mitocondriais, preservação e transplante de órgãos, aterosclerose, isquemia-reperfusão, diabetes mellitus e suas complicações, infecções, doenças neurodegenerativas, câncer e artrite reumatoide. Como a Fitoterapia pode ser Usada como Recurso Terapêutico em Doenças Relacionadas ao Estresse Oxidativo? Fitoterápicos são produtos obtidos de plantas medicinais ou de seus derivados, utilizados com finalidade profilática, curativa, de controle ou paliativa. Essas substâncias ajudam a reduzir o estresse oxidativo, pois em sua composição há grupos funcionais com a capacidade de transferir elétrons, resultando em um efeito “varredor de radicais livres”. Para tratar os danos decorrentes do estresse oxidativo, é necessário controlá-lo, e uma das estratégias é usar a fitoterapia. Com ela, já foi observado que em pacientes com esteatose hepática não-alcoólica, houve diminuição ou remissão da doença, redução do IMC, glicemia, colesterol total, LDL e TGC, e aumento dos níveis de HDL. Em pacientes com osteoartrite, observou-se redução dos escores de dor, rigidez e melhora da função mioarticular. É importante lembrar também que alguns compostos, como fenólicos e carotenóides, são capazes de aumentar o estresse oxidativo. Por fim, para obter sucesso em consultas e diagnósticos, é extremamente importante ter em mente alguns pontos principais, como: Priorizar fatores de risco modificáveis no manejo (dieta, exercício físico, sono adequado, estresse mental e físico). Cuidado centrado no processo ou na pessoa? Considerar o uso de medicamentos e evitar interações medicamentosas desnecessárias e potencialmente perigosas. Em caso de dúvidas, consulte um farmacêutico. Prescrever fitoterápicos como estratégia complementar à dietoterapia e respeitando a legislação profissional e sanitária vigente. Continue Estudando... Sugestão de Estudo:   Adaptógenos, estresse e ansiedade: qual a relação? Sugestão de Estudo:   Ansiedade: Entenda o papel dos fitoterápicos Sugestão de Estudo:   Ashwagandha: Um auxílio para ansiedade e estresse?