O melasma é uma alteração cutânea que atinge principalmente a face e é causada pela hiperpigmentação decorrente do acúmulo exagerado de melanina na epiderme. Pode ser induzida por diferentes fatores, como predisposição genética, exposição excessiva ao sol, gravidez, distúrbios da tireoide, drogas e pílulas anticoncepcionais orais, por isso atinge em maior parte as mulheres. Entretanto, é importante ressaltar a atuação da nutrição no melasma.
Tratamento do Melasma
Várias opções de tratamento estão disponíveis atualmente, mas nenhuma delas é eficaz ou funciona a curto prazo. O mais importante é avaliar o paciente de forma individualizada. Junto com isso, um histórico nutricional adequado deve ser feito para calcular a ingestão total de proteínas e procurar quaisquer sinais de deficiências de vitaminas ou minerais.
Medicamentos orais e suplementos dietéticos podem ser usados para tratar o melasma, embora as formas mais comuns de lidar com o melasma sejam o uso de proteção solar e agentes tópicos.
Papel da Nutrição no Melasma
Vários estudos recentes demonstraram uma vantagem significativa da dieta rica em proteínas e boa nutrição no manejo desses pacientes. Pois quando o corpo está esgotado de macronutrientes importantes, como proteínas, o corpo lida com a não renovação ou auto destruição em locais relativamente menos importantes, como pele e cabelo, para conservar proteínas para tecidos mais ativos e vitais, como músculos.
Os pacientes também são recomendados para tomar café da manhã no máximo 2 horas antes do nascer do sol, respeitando o ritmo circadiano e o equilíbrio hormonal. A lógica permite cuidar das causas dietéticas em paralelo, se houver.
Os especialistas de Atlanta Medical Dermatology, mostraram que os antioxidantes também ajudam a reparar os danos UV que causam o melasma. Portanto, inserir o máximo possível de vitaminas e alimentos ricos em antioxidantes, principalmente alimentos ricos em vitamina C e E, como frutas cítricas, kiwis, pistache, amêndoas, sementes de linhaça, vegetais coloridos e peixes (especialmente salmão) é fundamental no tratamento do melasma.
Além disso, alimentos ricos em folato pois a deficiência de ácido fólico pode levar ao melasma. Você pode encontrar essa vitamina nas frutas cítricas, vegetais de folhas verdes, nozes e grãos integrais. Você também pode precisar ajustar sua ingestão de cobre. Isso ocorre porque o cobre causa pigmentação extra da pele, promovendo a produção de melanina.
Isso também ajuda na construção do tecido da pele, melhorando as opções de tratamento adicionais, como peelings químicos e lasers e, ao mesmo tempo, minimizando o risco adicional de hiperpigmentação pós-inflamatória, bem como prevenir futuras recorrências em alguns casos.
Também é recomendado avaliar o exame de sangue com hemoglobina, vitamina D, B12, ferro e testes de função da tireoide em todos os pacientes com melasma.
Prática Clínica
Dessa forma, a alimentação além de atuar na prevenção também é importante no tratamento do melasma. Você deve se alertar principalmente a quantidade de proteína ingerida, adicionar antioxidantes como a vitamina C e E, e a adequar a ingestão de folato e cobre. Além disso, solicitar exame de sangue avaliando a hemoglobina, vitamina D, B12, ferro e testes de função da tireoide ajuda a entender possíveis deficiências nutricionais em pacientes com melasma.
Referências Bibliográficas
Sugestão de estudo: Compostos bioativos para a saúde da pele – Science Play
Assista o vídeo na Science Play com Luisa Wolpe: Prescrição nutricional nos tratamentos estéticos
Artigo: Garg S, Tuknayat A, Hans T. How I manage resistant melasma? CosmoDerma 2022;2:8.